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Projeto de lei quer mudar nome da rodovia Castelo Branco para Eunice Paiva

Guilherme Cortez, autor do projeto, defende que Eunice, nascida em São Paulo, “foi uma figura emblemática na luta pelos direitos humanos e pela justiça no Brasil”, ao contrário do ex-presidente Castelo Branco, que nomeia a rodovia atualmente, um dos articuladores do golpe militar de 1964.

Redação
Por: Redação Fonte: terra.com.br
07/03/2025 às 21h31
Projeto de lei quer mudar nome da rodovia Castelo Branco para Eunice Paiva

Após a vitória de Ainda Estou Aqui no Oscar, um projeto de lei foi apresentado na Assembleia Legislativa de São Paulo para mudar o nome da Rodovia Castelo Branco para Eunice Paiva, advogada de direitos humanos cuja história é contada no filme de Walter Salles.

O projeto de lei 161/2025, de autoria do deputado estadual Guilherme Cortez (PSOL) defende que Eunice, nascida em São Paulo, "foi uma figura emblemática na luta pelos direitos humanos e pela justiça no Brasil", ao contrário do ex-presidente Castelo Branco, que nomeia a rodovia atualmente, um dos articuladores do golpe militar de 1964.

Na região, a rodovia corta vários municípios, dentre eles: Osasco, Barueri, Carapicuíba, Santana de Parnaíba, São Roque e Jandira. A rodovia começa no Complexo Viário Heróis de 1932, mais conhecido como Cebolão, em São Paulo; e termina em Santa Cruz do Rio Pardo, no interior do Estado paulista. Ela foi inaugurada em novembro de 1968 e tem 315 km de extensão.

Quem foi Eunice Paiva?

Eunice Paiva foi casada com o deputado cassado Rubens Paiva, assassinado pela ditadura militar brasileira. Ela precisou reconstruir a vida após a morte do marido e se tornou uma renomada advogada defensora dos direitos humanos, especialmente de direitos indígenas.

Da redação

Após a vitória de Ainda Estou Aqui no Oscar, um projeto de lei foi apresentado na Assembleia Legislativa de São Paulo para mudar o nome da Rodovia Castelo Branco para Eunice Paiva, advogada de direitos humanos cuja história é contada no filme de Walter Salles.

O projeto de lei 161/2025, de autoria do deputado estadual Guilherme Cortez (PSOL) defende que Eunice, nascida em São Paulo, "foi uma figura emblemática na luta pelos direitos humanos e pela justiça no Brasil", ao contrário do ex-presidente Castelo Branco, que nomeia a rodovia atualmente, um dos articuladores do golpe militar de 1964.

O texto do projeto argumenta que há a necessidade de renomear espaços públicos, como rodovias, parques e escolas, por exemplo, que "homenageiam personalidades históricas que se destacaram pela perseguição a minorias e pela violência, uma vez que tais homenagens ferem os princípios de liberdade democrática do País, estabelecidos na Constituição Federal de 1988."

"O legado de Eunice permanece como símbolo de resistência e inspiração para as gerações futuras, provando que a dignidade humana está acima de qualquer poder arbitrário. Sua história nos ensina que, mesmo diante da violência do Estado, a busca pela verdade e pela justiça é um compromisso que deve ser honrado", diz o texto do projeto.

Na região, a rodovia corta vários municípios, dentre eles: Osasco, Barueri, Carapicuíba, Santa-na de Parnaíba, São Roque e Jandira. A rodovia começa no Complexo Viário Heróis de 1932, mais conhecido como Cebolão, em São Paulo; e termina em Santa Cruz do Rio Pardo, no interior do Estado paulista. Ela foi inaugurada em novembro de 1968 e tem 315 km de extensão.

Quem foi Eunice Paiva?
Eunice Paiva foi casada com o deputado cassado Rubens Paiva, assassinado pela ditadura militar brasileira. Ela precisou reconstruir a vida após a morte do marido e se tornou uma renomada advogada defensora dos direitos humanos, especialmente de direitos indígenas.

A história de vida de Eunice foi contada pelo filho dela, Marcelo Rubens Paiva, no livro Ainda Estou Aqui, que inspirou o filme de mesmo nome de Walter Salles. O longa-metragem é protagonizado por Fernanda Torres e fez história ao ganhar o primeiro Oscar de Melhor Filme Internacional para o Brasil. (com terra.com.br)

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